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DOM JOAO VI NO BRAZIL 469

n3o querer Funchal deixar o posto, D. Joaquim Lobo da Silveira, ministro na Suecia e future conde de Oriola, e An tonio de Saldanha da Gama, mais tarde conde de Porto Santo, o unico dos trez que, para assistir ao Congresso, veio do Rio de Janeiro.

Tanto mais funda seria a decepcao de Funchai, equiva- lente sem equivoco a um desfavor como era a sua nao es- colha, quanto, ao fallecer o irmao Linhares, fora elle con- vidado para o substituir nos conselhos da coroa. O facto chegara a ser publico, annunciando-o e commentando-o desa- gradavelmente o Correio Braziliense. For ordem do Re- gente mandou entretanto Galveas ao embaixador que nao descontinuasse suas funccoes em Londres ate se concluir al- guma intelligencia sobre os diversos pontos em litigio, que eram entre outros menos importantes, as tomadias illegiti- mas de navios negreiros, as desigualdades do tratado de commercio, as questoes territoriaes de Olivenca e Cayenna.

A selecgao platonica de Funchal para ministro dos ne- gocios estrangeiros e da guerra foi a ultima manifestacao, ja posthuma, do prestigio do conde de Linhares, cujo zelo e alcance de vistas Dom Joao VI sabia bem apreciar, quando mesmo discordava do seu parecer. Entregue a si, o credito de Funchal foi-se aos poucos desmoronando, e quanto mais abalada sua posic,ao, mais a ella se queria apegar o diplomata no declinio.

Assim, faltando os plenos poderes de Palmella, que deviam vir por Antonio de Saldanha da Gama, a caminho para a Europa, Funchal ainda teve duvidas, porventura es- peranqas, sobre si nao seria conveniente para os interesses portuguezes a sua presen^a em Vienna, uma vez que se achava munido de plenos poderes eventuaes. Portugal nao

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