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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/535

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 513

mente contra os inimigos internes, a saber, o espirito novo, uma allianga defenslva posta sobre a base da integrldade dos dominios europeus e americanos das duas coroas, rom- pendo desde logo o Brazil suas relates mercantis com as colonias hespanholas revoltadas.

Nao desejando contrariar quaesquer pianos, que desde algum tempo os havia, da corte do Rio de Janeiro sobre o Prata, que o acaso das primeiras descobertas collocara fora da orbita da expansao portugueza no seculo XVI, Pal- mella allegou a costumada falta de instruccoes para declarar nao Ihe ser licito acceder a ideas como as manifestadas, de summa importancia, embora de conveniencia reciproca. A convenc,ao que elle em resposta submetteu, sem que ex- cluisse a possibilidade da sua futura extensao ate o projecto Labrador, e constituindo apenas um ajuste preliminar e temporario, foi de uma federacao peninsular, em virtude da qual Portugal forneceria a Hespanha, no caso de guerra geral, um contingente de 10.000 homens, contingente ma- ximo a menos de subsidio pecuniario sufficiente para custear uma maior contribuic.ao de gente.

Com essa convengao, da qual seria condicao sine qua non a restituigao de Olivenga, dizia Palmella dever a Hes panha lucrar directamente mais, dada a posic,ao remota de Portugal do centro de agitaqao europea. Por seu turno porem escusou-se D. Pedro Labrador de adherir, pretextando aguardar novas ordens do seu governo, tanto mais necessa- rias quanto, pelos termos enunciados do accordo proposto, Portugal se nao obrigava a cousa alguma "do mais essen- cial do que desejava a Hespanha, obrigando-se esta pelo contrario desde logo a cessao de uma fortaleza e de um territorio de summa importancia" qual o de Olivenc.a.

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