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POM JOAO VI NO BRAZIL 525

emprestimo de 600.000 libras que Portugal desejava que a Inglaterra Ihe fizesse, e tambem a restituicao da propriedade portugueza confiscada ou aprezada quando por um momento estiveram rotas as relacoes entre os dous paizes, e que logo foi devolvida aos interessados que estavam fora do Reino, ou no caso contrario depositado o seu valor no Banco de Inglaterra, a espera da repulsa dos invasores, affm de esca-

par a cobiga franceza, pejada de imposic,6es: * pare-

ce-me pelo que me disse lord Strangford que V. A. R. nao pode deixar de desejar que a cidade e fortificagoens de Ca- yenna sejao destruidas, de modo tal que ainda no caso da lestituigao da Guyana pelo Tratado de paz, tenha a Fran- ga que principiar todo de novo o estabelecimento de huma colonia que por felicidade para V. A. Real nunca poude prosperar, e que so huma vez custou a Franga o sacrificio de 30 milhoes de libras e de 13 mil pessoas que para la man- dou no anno de 1763."

A conquista de Cayenna estava, pelo que se ve, pro- jectada desde a mudanca da corte e na forma por que logo depois se realizou, pelas armas combinadas de Portugal e da Inglaterra: pouco importa para o caso de quem partiu a iniciativa do projecto. Da mesma carta resulta que Hespa- nhoes de Buenos Ayres, onde a fermentacao ja comegava, tinham pedido ao embaixadpr portuguez em Londres para rogar ao governo britannico que nao mandasse mais navios, nem de guerra nem mercantes, ao Rio da Prata, afim de nao acirrar a animosidade suscita da contra os Inglezes pelos acontecimentos de 1806 e 1807.

A Hespanha estava ainda officialmente de maos dadas com a Franga, portanto no campo opposto a Portugal e a Inglaterra. Podia porem o bloqueio, originado n essa situa-

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