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540 DOM JOAO VI NO BRAZIL

como definitiva, e pouco depois voltava so a esquadra de trez embarcacoes commandada por sir John Beresford e que obedecera ao chamado de lord Strangford. O cha mado fora sem duvida precipitado, tendo Strangford con- vertido n uma intencao assente do Principe Regente o que nao passava do seu proprio desejo e alvitre, pois que a informacao do Foreign Office para a Casa dos Com- muns rezava que o embaixador portuguez em Londres, partidario como era do regresso, nao fizera communi- cacao alguma por escripto sobre tal objecto.

Pela troca de notas entre lord Strangford e o marquez de Aguiar, mais tarde publicadas, se ve que o representante britannico procedeu effectivamente com leviandade no ne- gocio. Mandou dizer para Londres que o Principe Regente ambicionava muito voltar, quando Dom Joao apenas Ihe havia vaga e matreiramente dito que o levaria a cabo, sempre que as circumstancias Ih o permittisse?n.

A ida da esquadra britannica ao Rio, a qual escrevera Strangford ao seu chefe ser do agrado do Principe Regente, nao passou de outra imprudencia dictada pelo singular em- penho do diplomata estrangeiro "em recompensar os valo- rosos vassallos Portuguezes do Principe, por tudo quanto tinham soffrido na sua ausencia, com o maior beneficio, que Ihes podia S. A. R. fazer, isto he, com a presence do seu adorado Soberano" (i).

Na nota de 2 de Janeiro de 1815 teve Strangford que se explicar com o governo portuguez a respeito da fallada e, segundo suas palavras, solicitada protecc.ao dos navios in-

��(1) Correio Bmzittcnsc, n. Ill, Agosto de 1817.

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