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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/583

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 561

gabinete das Tulherias o limite definitive do Oyapoc, com- tanto que a Guyana fosse logo restituida, pois se gerara em Pariz o receio de que a corte do Rio estivesse chicanando para conservar a possessao conquistada, pondo ate de lado a entrega das propriedades particulares sequestradas, con- fiscadas ou occupadas pelos Portuguezes, e cujo direito fi- cara formalmente garantido aos legitimos possuidores na capitulagao assignada em 1809.

Luxemburgo era portador de plenos poderes para fir- mar no Rio a convengao da restituicao da Guyana e muito desejaria fazer uso d elles. O governo portuguez preferia comtudo negocial-a em Pariz, para onde expedira os res- pectivos plenos poderes ao marquez de Marialva e ao ca- valheiro Brito ; si bem que o duque de Luxemburgo de- clarasse que to>da negociagao alii ficaria por iniciar, em vista da deliberagao do Rei Christianissimo de mandar ao Rio de Janeiro um embaixador extraordinario, devidamente aucto- rizado para levar a termo semelhante ajuste, e igualmente para firmar um tratado de amizade analogo ao subscripto pela Franga com as potencies alliadas.

O gabinete do Rio valia-se no emtanto da circumstancia de nSo ter Luxemburgo os plenos poderes para tratar de outros negocios pendentes, a saber, principalmente da fixa- gao dos limites, para negar-se a convir com elle na restitui- gao da Guyana, pretextando sobretudo que o gabinete de Pariz mostrara anteriormente desejo de que os negocios pen dentes alii fossem tratados, o que do mesmo modo convinha aos interesses portuguezes. Como meio dilatorio tambem o governo portuguez consorciou a questao das reclamac.oes por prcjuizos de guerra com a da entrega da Guyana, com-

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