560 DOM JOAO VI NO BRAZIL
havia um seculo sem que a suspensao da sua solucao fizesse sof frer a prosperidade de qualquer das duas colonias ( I ) .
A verdade entretanto era que a Franca - - a opiniao do ministro da Marinha assaz o prova - - nao queria abando- nar completamente a sua pretencao de uma fronteira abaixo da do Oyapo c, em primeiro lugar para se tornar, si possivel fosse, ribeirinha do .Amazonas, e na peor hypothese para obter maior profundidade territorial, rnais hinterland do que Ih o poderia fornecer a linha tracada pelo curso do Oyapoc. Segundo as instruccoes dadas ao sen embaixador, cuja missao fora resolvida, no dizer textual das mesmas ins- trucc,6es, para corresponder aos testemunhos de consideracao do Principe Regente e ultimar com a ccrte do Brazil varias discussers que o estado de paz nao fizera ainda cessar, o go- verno da Restauracao inclinava-se a convir n um limite in- termedio do rio que os Francezes denominavam de Vicente Pinzon (2), perto do cabo do Norte.
Sua ambigao era porem a de uma linha tragada da foz meridional do rio Araguary (Araouary) para oeste, se- guindo parallelamente a margem es-querda ou norte do Amazonas, a distancia de quinze leguas, ate a sua confluen- cia com o Rio Branco. Em ultimo caso admittia todavia o
��(1) InstTiicc;di s ao duque de Luxomburgo no Arch, "do Min. dos Neg. Est. de Fram:a. O emibaixador chegou ao Rio a 30 de Maio de 1816 na fragata llcrniimic, tendo parlido do Brest a 1 de Abril, pargndo povera em Lisbon. Da capital portuguexa a brazileira a viagem dtirou 40 dias, com escahis na Madeira e em Teneriffe.
(I l Tinha osta side a prim;>hM pretenglo do principe de Tal leyrand quando no Congn-sso de Vienna abordou a questao com os plenipotencia.rios portugin-zcs, mas logo teve que desanimar. ".Ceipen- dant, Monsieui 11 Le eonate, ecrevia elle a .Taucourt a 23 d,^ Janeiro de 1815 no memorandum jfi citado, je crois que je pourrai amener le comte de Palmella & convenir de !? fixer (o limite) & une ligne in- termediaire entre les deux rivieres." D isto tambem desesperou.
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