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DOM JOAO VI NO BRAZIL 41

com toda a sua Familia para os seos Estados do Brazil, e a Nagao Portugueza sempre ficara sendo Nagao Portu- gueza, porque ainda que estas cinco Provincias padegao algum tempo, debacho do jugo estrangeiro: V. A. R. podera crear tal poder que Ihe seja facil resgatalas, man- dando aqui hum soccorro, que junto com o Amor nacional se liberte de tudo. Dizem que he mal visto todo o homem que aconcelhe isto a V. A. R. mas como assento que he a melhor coiza que Ihe posso dizer, digo-lha. E V. A. R. fara de mim o que quizer, porque em tudo e por tudo sou seo, e se V. A. R. tomar este partido, o que Ihe posso segurar he, que se me nao matarem n esta guerra, deicharei tudo quanto ca tenho, e para la o vou servir." (i)

No estrangeiro enxergava-se o future sob um aspecto identico, como portador das mesmas exigencias. Em 1806, as demonstrates hostis da Franga contra Portugal tornan- do-se muito evidentes, foi despachado para o Reino em mis- sao especial lord Rosslyn, acompanhado de lord St. Vincent e do general Simcoe, levando instrucgoes de Fox, entao a testa dos negocios estrangeiros, para apontar o perigo immi- nente ao gabinete de Lisboa, o qual ate esse momento asse- gurara sua neutralidade a forga de dinheiro e a custa de fa- vores a importacao das las francezas, e offerecer auxilio para a defeza sob a forma de gente, dinheiro e munigoes. Caso Portugal nao quizesse decidir-se por uma vigorosa e effi- ciente resistencia, lord Rosslyn deveria suggerir a mudanqa para o Brazil, promettendo a Gra Bretanha ajudar o pro- jecto (2).

��(1) Carta de 30 de Maio de 1801, no Arch. Pub. do Rio de Janeiro.

(2) Maria Graham, Journal of a Voyage to Brazil, etc., London, 1824.

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