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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/150

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714 DOM JOAO VI NO BRAZIL

der que essa mesma protecgao se extenderia aos seus allia- dos" (i).

Alem d estas advertencias da chancellaria britannica e simultaneamente com a appariqao no sul da Hespanha da febre amarella, fazendo consideravel devastacao sobretudo nos acampamentos, uma grande conspiragao se descobria em Cadiz, que obrigou o governo hespanhol a desarmar 7.000 dos soldados que iam embarcar : com os 4.000 encarregados de compellir os insubordinados a deporem as armas, se com- promettia o general conde de Abisbal a eximil-os da obrigagao de partirem na impopular expedicao.

Ficava assim esta desfalcada de n.ooo homens, dos quaes ainda se retirou parte para seguir para Caracas a por-se debaixo das ordens do general Morillo, reduzindo-se portanto os celebrados armamentos, mesmo conseguindo sin- grar a armada, a uma cousa destituida da primftiva impor- tancia. Alias a vista de todos os contratempos sobrevindos resolveu o gabinete de Madrid, ao que declarou, acceder ao ajuste em discussao pelos bons officios dos mediadores, pa- gando a somma convencionada pela entrega de Montevideo em duas prestacoes: a primeira metade no acto da restitui- c,ao da praga e a segunda logo que as tropas portuguezas tornassem as posicoes que occupavam antes da invasao de 1816.

Semelhante subita declaracao, trahindo nova delibera- Qao, collocava os plenipotenciarios portuguezes n uma certa perplexidade, bem legitima pois que Ihes tinha entretanto chegado do Rio, inequivocamente expresso, o desejo ja por vezes anteriormente manifestado pelo gabinete portuguez de

��(1 i Officio de Falmella e Marialva a Thomaz Antonio de Villa Nova Portugal, datado de Pariz aos 10 de Agosto de 1819, ibidem.

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