Saltar para o conteúdo

Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/163

Wikisource, a biblioteca livre

DOM JOAO VI NO BRAZIL 727

se terminara a tranquilla occupagao de toda a Banda Orien tal, campo relativamente pequeno onde a revolta campeava ainda, neiruexistia "a certeza de conservarem-se o affecto e fidelidade daquelles Povos."

For isso, emquanto brandia a ameaga da expedigao de Cadiz, mais mesmo do que os seus organizadores, con- servava Palmella em mira um duplo f im : induzir n uma intencao patriotica a corte do Rio a se nao deixar emba- hir pelas tergiversates do gabrnete de Madrid, o qual, no seu parecer, procrastinava sobretudo a negociagao para dar tempo a expedigao de singrar sem que o governo portu- guez tivesse tornado no Brazil as precaugoes devidas, e con- vencel-o de que tampouco se abstivesse "por excesso de mo- deracao e de confianca na intervengao dos mediadores" de preparar-se para todas as eventualidades, inclusive qualquer affronta naval a capital brazileira ou a occupacao, que prom- ptamente acudia, da ilha de Santa Catharina.

Tres eram as razoes que instigavam o plenipotenciario de Dom Joao VI a fazer adoptar, caso fosse possivel contar com a final adhesao da Hespanha, o tratado ajustado com as potencias medianeiras, o qual Ihe parecia a melhor solugao de todas as propostas. Tratar com a Hespanha, mau grado seus destemperos de linguagem e suas pretengoes chronica- mente desarrazoadas, sempre era preferivel a tratar com as novas democracias que d ella queriam separar-se e viver vida independente, ainda que penosa.

A confederagao argentina especialmente, uma vez dcs- embaracada da guerra do Peru e reconhecido o seu governo por uma ou mais potencias estrangeiras, appareceria nas suas arr.bicoes mais intratavel ainda do que a metropole, si bem que esta, conseguindo reconquistar suas colonias, nao cessa-

�� �