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DOM JOAQ VI NO BRAZIL 737

a torto e a direito. Nem se pode dizer que o interessasse tanto o auxilio pecuniario, visto que o Correio se vendia muito em Londres todos os Portuguezes e os Inglezes em relagoes com Portugal e Brazil compravam-no e exporta- vam-no como o seduzia o facto de ser tratado como uma potencia.

Estava por isso prompto a sopitar os seus ardores de censor e por de lado discussoes irritantes de personalidades, si chegassem a certos accordos com elle. Visava comtudo mais ainda do que a contribui^ao, a deferencia, desejando que o governo impedisse actos como o do governador do Para, Jose Narcizo de Magalhaes, que contrariado com al- gumas reflexoes causticas do Correio, mandara confiscar os exemplares recebidos e entrarem os possuidores para o Era- rio com a importancia dos mesmos. "Agora com muita reni- tencia, escrevia D. Domingos, custou a alcangar que suppri- misse hum artigo virulento, que tinha ja impresso, contra J. Narcizo de Magalhaes..." Chegou o jornalista a compro- metter-se algum tempo, na phrase do embaixador, "a escre- ver para utilidade publica e nao para fazer ataques pes- soaes". (i)

Funchal preoccupava-se mais do que queria confessar com a opposic.ao do Correio. Os governadores do Reino entao e o Secretario do Governo, Miguel Pereira Forjaz, especialmente, esses nem dissimulavam sua irritagao. Hippo-

lyto naturalizara-se Inglez: nao podia portanto ser expulso a solicitagao da embaixada, segundo acontecera com Jose Anselmo Correa. Depois, gosava da amizade do Duque de Sussex, irmao do Principe Regente da Gra Bretanha, que o

��(1) Officio icit., ibidem.

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