800 DOM JOAO VI NO BRAZIL
rem como d antes pelo meio da estrada, tinham modos inso- lentes de abordar os Europeus e pedir-lhes fumo.
O commercio, pelo duplo motivo do sentimento nacio- nal e da desconfianga, so podia ser adverso ao movimento emancipador e republican, o qual nao dispondo senao limi- tadamente de forgas regulares as que s>e rebellaram fize- ram-no por espirito de imitagao muito mais do que por cons- ciencia patriotica e nao offereciam plena confianga em caso de incertezas e tendo que luctar contra um sentimento monar- chico que provou ser ainda fervoroso m muitos, ou pelo me- nos com o temor do desconhecido entre a populagao de certa condigao, ( I ) carecia de apoiar-se nas camadas baixas. A rale e que afinal podia dotar a revolugao do largo fundamento de que esta precisava para exhibir vigor material de que nao dis- punha, e manifestar enthusiasmo mais geral, ainda que nao mais ruidoso e consistente, do que o fornecido pelos vigarios, democratas que foram a cabega e o coragao do movimento, os senhores de engenho de sangue azul, rivaes natos dos mas- cates como o da carta ao compadre (2) e os patriotas, em diminuto numero, de biblio-suggestao, fructos das acade- mias do Cabo e do Paraiso.
A revolugao de Pernambuco seguio a marcha de todos os pronunciamentos militares : comegou por augmentar no triple ou quadruple o soldo das tropas, dos defensores, offi: ciaes e soldados, da patria e da liberdade, o que facilitou a circumstancia de acharem-se no Erario cerca de 800.000
��(1) " som o lorn bra rom (on pernambucanos (/in- fitaram
of Efttados Unldoft e nhni j<irom o (lixcn rolrhnento tin- patria) quo com fucilidade paclo-so transplantar a Lei, mas nao o ospirito da Na- Cao ; nao pensavao que BO Brazil existia hum tbrono, e occmpado por hum Rei naturalmente bom, circumstaoicia que muito diversificava a iposigao re-sppctiva." (Muniz Tavares, ob. cit.)
(2) I ublicada por Mollo INIoraes no Brazil-Rcino e Brazil-lm- perio.
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