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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/249

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 813

rosimilmente a primeira seccao independente do novo Reino desaggregado. O exemplo das colonias hespanholas agia em seu favor, e o governo descurara anteriormente e por com plete o perigo d esse inevitavel contagio emancipador. O ci- pitao Hareng, do La Perle de Honfleur, depoz que tcndo partido para Pernambuco em Fevereiro de 1816, encontrara a terra socegada, apenas frio o negocio, mas nos espiritos tao grande a fermentacao que tudo a-nnunciava que a provincial nao tardaria em participar no movimento revolucionario que sacudia a America Hespanhola. "Seguia-se com particular empenho os progresses dos insurgentes hespanhoes, sabendo o proprio governo que existiam com elles intelligencias pela via maritima. Para alterar-lhes o effeito, foi que o cap? tao general entendeu fazer proclamacoes e passar revistas, recor- dando aos habitantes e as tropas a confian^a e fidelid-ide para com o soberano, e promettendo prompta distribuicao de viveres pois era sobretudo da carencia de alimentagao que os perturbadores tiravam partido para ac^ular os animos" (i).

Por outro lado, chegada a occasiao do perigo, o go verno encontrava-se na situacao mais critica para comba- tel-o e extirpar o mal : a bracos com a guerra do Sul o exercito, um exercito de of ficiaes e para mais incapazes

��Rcy ! e com os tadicios da maior fidelidade". Tal a versao pernarn- bucana.

A vcrsao official, expressa iraim dos officios cifrados de Los- sops, em Li S/boa, era que Arcos, tondo recebklo par um correio as primeiras noticias da revolta, as conservou s;cvotas at proceder as prisoes dos suspeitos, baseaBdo-se nas quolxas tios officiaes para assira agir.

A correspondencia de Lesseps faz men^ao da avidez do fisco, da venali dade dos funccionarios, de todo o sabida estado social e moral do novo Reino, commentando : "Telles sont les causes qui paraissent avoir inspire de profonds ressentimens a un Peaple beauconp phir inst-ruit qu on ne pense et phis generalement eclaire que celui de la M( -t rapole." (Arch, do Mm. dos Neg. Est. de F^rniii. a.)

(1) Arch, do Min. dos Neg. Est. <3e >Franga.

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