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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/264

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828 DOM JOAO VI NO BRAZIL

Com menos concisao e um nada mais de pretengao lit ter aria, versejava sobre o caso lealmente, dythirambicamente, pomposamente, com todos os adverbios em mente que dizia haver proscripto seguindo "o immortal Filinto Elysio", n um canto epico a acclamagao faustissima do liberalissimo Rei Dom Joao VI, o vate e vassallo fiel Estanislau Vieira Cardozo, "Segundo Escripturario do Banco do Brazil, e Se- cretario do I Q Regimento de Cavallaria de milicias da Corte" :

Mas nao Te penes, Principe ! Um momento

De perfidia, e desdouro nao faz vulto

No quociente de seculos de Gloria.

Troveja o Claro Ceo; benigno e sempre.

Cumpre porem Olhar attento a Esphera:

Sao das exhalagoes os raios prole.

Enunciada esta insolita ousadia,

Tua Alma nobre por extreme afflicta,

Mais pelo que urge o Nacional Decoro

Que pelo que e de Ti, que em fim E s Grande,

Ha de nadar de jubilo em torrentes,

Quando a porfia em turmas accorrerem

Povos fieis ingenuos a off recer-Te

Os mais prezados bens - - Fortunas Vidas .

Assim fallava a Dom Joao VI espavorido, o gigante Amazonas, "de gotejante longa melena, e barba denegrida, e cor tostada", ao sahir-lhe ao encontro, novo Adamastor, quando "do Pinhal undivago alvejavam inchadas velas" a caminbo do Brazil onde

constante querer-Te hao os Povos.

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