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DOM JOAO VI NO BRAZIL 881

vinda de Lisboa, devia transportar ao Brazil a sua nova Princeza (i). No caminho tiveram a noticia do levanta- mento de Pernambuco, a qual, segundo communicava Ma- rialva, so fez augmentar a ancia da Princeza de reunir-se a familia de adopcao para compartilhar das amarguras e pro- vagoes do momento revolucionario. Nem o espectro de Maria Antonieta, sua tia, demoveu urn instante a Archiduqueza Leopoldina do cumprimento d esse regio dever, so involunta- riamente adiado.

Escrevia o marquez estribeiro-mor para o Rio de Ja neiro que a ter de dar-se, por motivo da rebelliao, maior tardanca do que a ja occasionada pela chegada das naus, pre- feria muito ver a Princeza em Florenga, corte alias austriaca e onde se achavam, com o fim de acompanhal-a nos ultimos dias de residencia europea, suas duas irmas, a Duqueza de Parma ( Imperatriz Maria Luiza ) e a Princeza de Salerno. Em Vienna havia o grave inconveniente de estar o governo britannico empenhado sempre em trazer a corte portugueza de novo para Lisboa e singularmente ajudado no seu intento pela sedigao de Pernambuco e pela conspiracjio de Gomes Freire, ambas em 1817 in- trigando para que a Princeza Leopoldina permanecesse na Austria ou pelo menos, em vez de dirigir-se para o Brazil, se dirigisse para Portugal afim de a hi esperar o regresso in- evitavel da familia real em cujo seio entrara.

��(1) As naus Dom Joao VI o Sao &ch<iNti(lo parti ram do Lis- a (> dc -lulho <* chegaram a Liorne a 26. \\ 12 de Agosto verrfi- cou-sc a ontrcga o a ! > o (>rnl)arqu<s singrando a frota a 15. A de- mora foi devida a difficuldade que experimentara a Regeneia por- tuguoza om reunir navios adequados a osse proposito, tendo tido <|iio distrahir innis para defender a oosta luzitana e as aguas dos arclii])clago. africanos dos insultos dos- corsavios amepicanos com bandHra dc Ariigas, c mandar refoivos maritimos para o bloqueio dc Pernainbuco.

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