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DOM JOAO VI NO BRAZIL 937

colonos vieram na idea de serem senhores de terras e de negros, e outros tantos na esperanga de reconstituirem suas fortunas e voltarem em pouco tempo, todos elles, como rica- gos para suas terras. O desapontamento foi grande quando se encontraram sem escravos e com a terra em frente para cultival-a com seus proprios bracks. Desanimados, nao pou- cos, os allemaes pois que esses immigrantes suissos e catho- licos eram em boa parte Allemaes do Sul e protestantes- fizeram-se soldados.

Da immigragao portugueza tambem foi Thomaz Anto nio protector, fundando em Santa Catharina uma colonia de Pescadores da Ericeira e outras colonias em diversos pon- tos, para as quaes se servio dos soldados portuguezes a que ia dando baixa, substituindo-os por pragas destacadas das forgas que as guerras tinham acabado por accumular em Portugal e que o governo do Rio canalizara para o Brazil e para Montevideo.

O conselheiro de Dom Joao VI nao possuio entretanto resolugao, ou mesmo percepgao intellectual bastante aguda para chegar ate as medidas superiores e effectivas, de poli- tica domestica, que melhor poderiam attrahir e desenvolver a apreciada colonizagao europea, de tao fecundos resultados si habil e intelligentemente encaminhada desde entao.

Mais respeitador das formas do que o seria qualquer outro ministro da coroa, gragas a sua educagao juridica, desapprovou de modo discrete a conducta do conde dos Arcos na Bahia, mandando executar sem garantias e ate sem processo os revolucionarios pernambucanos desgarrados ou arrastados; substituio o secretario do novo governador Luiz do Rego, culpado de violencias; ordenou, de preferencia a summaria justiga militar, a algada que funccionou na pro-

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