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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/372

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936 DOM JOAO VI NO BRAZIL

E curioso que o senso popular tao bem discriminava entre thesoureiro-mor e ministro, que nao pedia para elles igual punigao : um era culpado de malversagoes, o outro so o seria de fraqueza. O pasquim, fructo da effervescencia politica de 1821, assim dizia:

Excelso Rei,

Se queres viver em paz

Enforca Targine

E degrada Thomaz.

O ministro tinha as melhores preoccupagoes de admi- nistragao, quando o thesoureiro-mor so tinha, na voz do povo, os peores instinctos de corrupgao. Assim, foi Thomaz Antonio partidario decidido da colonizagao estrangeira, pro- jectando outros nucleos suissos e allemaes como o de Fri- burgo, e nao os levando a effeito provavelmente pela oppo- sigao real. Dom Joao VI achara muito dispendiosa aquella experiencia, na qual veio a sahir cada immigrante por 1.500 francos, e opinava, segundo mesmo disse a Maler (i), que melhor houvera sido facilitar aos colonos a entrada formiga do que concluir para sua introducgao negocios onerosos, de que sobretudo se aproveitavam os empreiteiros sem que a qualidade ou sequer o numero compensasse a avul^ tada despeza.

O peior effeito do ensaio de Friburgo fora na verdade o de ser immigragao subsidiada, recolhidos os emigrantes matroca entre gente pouco apta para tal fim e enganada por promessas mirificas. Diz von Leithold (2) que muitos dos

��(1) Offlcio de 28 de Setembro de 1819.

(2) 06. tit.

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