DOM JOAO VI NO BRAZIL 993
Anna, (i) transformado em jardim, com um palacete cen tral de madeira, cujos terragos serviam a familia real de tri- buna, e com fortins fingidos, nos quatro cantos, em cujas esplanadas tocavam musicas e em cujas salas d armas se ser viam cafe e refrescos. A noite o improvisado jardim aclara- va-se como si fosse dia: circumdavam o tanque central com rcpuxo 16 estatuas illuminaidas e, nas alamedas que alii con- vergiam, deparavam-se 102 pyramides luminosas. Escrevia Maler (2) - -e o elogio nao e f raco - -que o Campo de Sant Anna exhibia brilho e gosto sufficientes para fazer pen- sar nas Tulherias e nos Campos Elyseos, quando illuminados. Ahi teve lugar no dia immediate, 7 de Fevereiro, a parte popular das festas reaes. No vasto recinto da praga de touros effectuaram-se evolugoes militares, deram-se dangas e funccionou um theatre onde, em presenga da corte, se representou uma inagica, se executou um bailado allegorico e durante perto de uma hora se recitaram poesias allusivas, se pronunciaram allocugoes patrioticas e se canton o hymno nacional.
O Elogio de Dom Joao rematava no palco pela sua exal- tagao mythologica. Fizera-se appello a Venus as Trez Gra- gas, que gentilmente compareceram nao obstante a pouca belleza do hcroe, e emquanto se esperava que descessem do Olympo, laborava sobre o altar do hymeneu o fogo sagrado da .untao mystica do Rei e do seu povo. Representantes dos trez Reinos unidos e guerreiros de toda a especie entravam
��(1 ) iKra ciilao um arcal entrerneaclo do mangues, ahi fazcndo seus exercicios a ln>i)a do linlia o a railicia e occorrendo os fostojo* do !;.*]) iri I o Santo. A Iff uma. si casas so-])ararlas. por rauras de- jardins e qukitaes, fccUavam iroz lados do campo, correndo pelo septentrional uina cerca do ospinhos quo tcrminava oin fronte a capella de Santa Anna.
(2) Officio cit. de 7 de Fevereiro de 1818.
�� �