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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/471

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 1<)35

uma constituigao ao seu povo: "Les journaux et les amateurs de changemens diront ce qu il leur plaira, mes nouvelles de Berlin sont positives et les choses vont tres bien" (i).

Para ganhar tempo, e tambem porque no fundo perce- bia que a questao entrara n uma phase seria, ainda que espe- ranqoso do desfecho pela accao de Beresford appello ao

vigor alheio proprio de urn temperamento pusillanime o

Rei pedio por escripto a opiniao de varias pessoas: fora os dous ministros, onze, no numero dous fidalgos da sua casa, quatro magistrados, o bispo e o intendente de policia.

A sua finura como que se extraviara, e a sua prudencia tanto se desaprumara com o balango, que degenerava n essa emergencia na mais improficua vacillacao. Nao se preparara bastante para o golpe, a que fechara intencionalmente os olhos; o seu espirito nao quizera encarar assaz a conjun- ctura de uma desuniao da sua monarchia pela corrosao de- magogica, como n outros tempos encarara a partida para o Brazil, a que promptamente se acostumara, tambem porque Ihe era sympathica a hypothese. Agora perdia dias em lamen- tar-se, condemnar a ingratidao dos que tinham desnorteado o povo portuguez. De facto procedia como urn nullo quern tinha perspicacia para tragar sua rota, quern levara as con- sas do Rio da Prata ate o desenlace da encorporagao da Cis- platina, com a legalizagao da qua! ia rematar seu reinado americano. D esta vez, porem, Maler notava com acerto que Dom Joao "experimentava uma sensa^rio penosa e uma certa reluctancia a examinar a questao na sua verdadeira luz."

Forga Ihe -era entretanto acudir ao assumpto. Dos parece* res pedidos treze ao todo oito opinavam pela partida do Principe Real, solugao que agradava mediocremente a Dom

(1) Officio de Ma lor <!. 17 do Oudibro dt> 1820.

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