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DOM 30 AO VI NO BRAZIL 621

Tambem no Brazil ja se dissimulava muito menos essa intel- ligencia, que dava origem a uma correspondencia muito activa, ao ponto de perguntar com arrogancia a Maler um hcmem da confianca de Barca si elle ignorava que em Bue nos Ayres existia um partido portuguez ? ( I )

Indignado com que o director nos seus bandos procla- masse mandar soccorros as populaqces subjugadas da Banda Oriental, quando na verdace estava antes sustentando com suas remessas os oppressores d essas populacoes, o represen- tante da Franca citava em co-nfirmacao da intimidade rei- nante o facto de, querendo mostrar-se mais ligado ao Rei de Portugal e Brazil do que aos principios de independencia que pretendia professar, pronunciar-se Pueyrredon aberta- mente contra os scontecimentos de Pernambuco. Os jornaes platinos guardaram silencio sobre o caso, e elle o classificou de revolta e rebelliao, as mesmas expressoes empregadas pelas pessoas leaes ao regimen monarchico.

Ate ao regres-so de Dom Joao VI para a Europa os suc cesses do Rio da Prata proseguiram repetindo-se com san- grenta monotonia, crescendo a sua gravidade com o alas- tramento continue da desordem, de modo a justificarem a occupacao portugueza, corroborando os motivos apregoados da intervencao. Em 1820 vemos o auge do desvario politico n essas regices. As montoneras de Santa Fe bateram as tro- pas de Buenos Ayres que Rondeau commandava, e as noti- cias chegadas ao Rio de Janeiro por esse tempo diziam achar- se Belgrano a frente do movimento regional e ter-se Pueyr redon refugiado a bordo de uma corveta americana, estando a caminho da capital brazileira.

��(1) Offi cio de 10 de Junho de 1817.

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