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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/98

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662 DOM JOAO VI NO BRAZIL

c o boldrie muito abaixo das verilhas" - - e Barbacena esta- vam a esse tempo de viagem assentada para Europa, sob pretexto de irem tomar aguas, na realidade, como era voz publica, para buscarem mais regimentos portuguezes, uns tres a quatro mil homens que o velho Reino cedia de mau grado ao imperialismo brazileiro em acgao.

Tanto, porem, se fallou nos armamentos de Cadiz que por fim ja a ninguem infundiam medo. Em Portugal, quando com mais calma os reputaram de verdade destinados a America Hespanhola, e entrou em jogo o affectado menos- prezo do Portuguez pelo visinho, deixou de lavrar o receio de qualquer ataque castelhano. " Os armamentos de Cadiz, escrevia Lesseps para Pariz ( i ) , nao f azem agora aqui maior impressao do que si fossem intentados para atacar os Chins."

No Rio de Janeiro, si nao havia tanta, sirhulava-se uma quanta tranquillidade. Conversando com Maler (2), o Rei taxou os armamentos de exaggerados pelos jornaes in- glezes, mas o governo nao abrandava de facto sua actividade militar, mandando recrutar novos corpos de milicias, fazer reconhecimentos, guarnecer as fortalezas da costa e prover a outros urgencias defensivas. A maior difficuldade estava na marinha, pela falta de pessoal, tornando-se ate por este mo- tivo impossivel equipar varios navios a urn tempo. O servigo maritimo, mal remunerado, era muito pouco procurado, me- Ihor dito evitado, e, como se nao contavam numerosos, antes escassos os navios mercantes, faltava entao como hoje o na tural viveiro dos marinheiros para os navios de guerra. As embarca^oes de cabotagem empregavam escravos como tri- polantes.

��(1) Officio cifrado de 3 de Margo de 1819.

(2) Officio de 16 de Julho de 1819.

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