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ECHOS

Ai de mim! como arrastal-a
Si me ficou tão pesada!

Si eu possuira a certeza
De que vivias feliz,
Mais resignada acceitára
Lei, que o fado impôr-me quiz
Mas tu soffres quanto eu soffro
O meu coração m’o diz.

Tu semelhas, minha Elisa,
Da rosa o pobre botão,
Cujo ramo foi lascado
Por furioso tufão,
E vai triste emmurchecendo
Debruçado para o chão.

E eu o que sou, meu anjo,
Senão botão desgraçado,
Que pende triste, sem viço,
Do pobre ramo lascado?
Bem irmãs somos nas dôres;
E bem irmão nosso fado.