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DA MINHA ALMA.
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Como se mira no rio!
Vem vêl-a, mimosa abrindo
O transparente véu lindo,
Viçosas flôres soltar,
E dos olhos lacrimantes
Mil per'las, mil diamantes
Sobre todas derramar!

Vem ver das tranças formosas,
Por leve brisa onduladas,
Descerem candidas rosas,
Violêtas delicadas!
Jamais nesse Portugal
O teu sonho divinal
Realisado gozaste...
Vem; porque só minha terra
As maravilhas encerra
Do quadro, que debuxaste.

Vem ouvir o harmonioso,
O doce canto aflautado
Do sabiá mavioso,
Sobre o raminho pousado.
Vem ver os volateis todos