44
ECHOS
Eu, Poéta, te bemdigo
Por seres fiel amigo
Da terra do meu amor;
Por louvares as palmeiras
E as aves brasileiras,
Eu te bemdigo, Cantor.
Bemdigo a vóz soberana
D’essa lyra americana,
Que o prazer me infiltra n’alma,
Quando diz que, na lindeza,
Essa terra portugueza
Á de Cabral cede a palma.
Da nossa patria querida,
Pintas nos bosques mais vida,
Nas varzeas pintas mais flores;
Pintas no céu mais estrellas,
E nossas vidas mais bellas,
Mais abundantes de amores.
No teu canto ha tal brandura,
Ha tão melíflua doçura,
Que do céu vindo parece;