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DA MINHA ALMA.
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Um hymno lhe déste de tanta poesia,
Que o Vate d'Ignez, si ao mundo tornasse,
Ouvindo-te as notas tão meigas, tão dòces,
Talvez qu'esse hymno mimoso invejasse.





Teus louvores agradeço ;
          Mas conheço
Que os não posso merecer;
Minha musa tão mesquinha,
          —Coitadinha!—
Apenas sabe gemer.

Mas inda que gema afflicta,
          Não imita
Da rôla o terno queixume,
Quando lhe roubam do ninho
          O filhinho,
Que 'n elle abrigava inplume.

Não tem do cysne a voz pura,
          Na tristura
Do derradeiro cantar;