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DA MINHA ALMA.
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Oh! da patria o amor, que admiras,
Qual o sinto no meu coração,
'Nessa lyra cantar altaneira
Fôra o meu mais honroso brazão.

Sim; que a terra, que adóro extremosa,
A nenhuma minh'alma compara;
E a ventura de amal-a, de vel-a,
Pelo throno melhor não trocára.

De — su'alma no livro — o poeta,[1]
Retratando da patria a lindeza,
Diz — ciumes soffrer, si imagina
Outra terra, que a vença em belleza.

Eu, porem, que na minha contemplo
Primavera perenne a sorrir,
Não concebo que possa no mundo
Um paiz tão formoso existir.

Quando vejo esta terra, que eu amo,
Por estranha nação ultrajada;

  1. O Sr. João de Aboim.