V
O 14 de julho — Festas officiaes — O Sião
Pariz está amuado com a Republica. E, para mostrar bem visivelmente o seu despeito, não embandeirou, não illuminou, não dançou e não berrou, na festa nacional de 14 de julho. Nunca tivemos, com effeito, um 14 de julho mais silencioso, mais apagado, mais vazio, mais descontente: — accrescendo que o sol tambem amuou e o horisonte todo appareceu colgado de longas e fuscas nuvens de crépe. Nas ruas, desertas, com a sua poeira imperturbada, só aqui e além alguma bandeira tricolor pendia, esmorecida, da varanda das repartições ou dos cafés. Nenhuma guela enthusiasmada rouquejava a Marselheza. As filas de fiacres dormiam pelas esquinas. E o prestito do snr. Carnot e da revista de Longchamps pelos Campos Elysios, entre esquadrões de couraceiros, trazia a lentidão e a gravidade enfastiada de um enterro civico.