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ELUCIDÁRIO MADEIRENSE - VOLUME I

de abrigo. Além duma praia ou Calhau, existe ali um cais de desembarque de propriedade particular. Limitando essa enseada pelo lado de oeste, encontra se uma saliência de costa marítima, que tem o nome de Ponta de Abra, conservando também o nome de Abra, o sítio que, com picos elevados, torneia a referida enseada e seu porto adjacente.

O Helichrysum devium, composta peculiar da Madeira, só tem sido achada até o presente nas rochas altas do sítio da Abra, ao passo que o H. abconicum aparece perto do mar em quasi toda a costa sul da ilha.

Abreu. A primeira pessoa que nesta ilha parece ter usado este apelido, foi Brites ou Beatriz de Abreu, filha de Rui de Abreu, alcaide mor de Elvas, a qual casou com João Fernandes do Arco, assim chamado por possuir muitas terras de sesmaria no Arco da Calheta e de quem falaremos em artigo especial. Os seus filhos tomaram o apelido da mãe e alguns deles distinguiram se na Africa e na Índia. Entre as filhas, contam se a celebrada Isabel de Abreu (V. este nome) e Águeda de Abreu, mulher de João Esmeraldo, o possuidor da Lombada da Ponta do Sol. A esta família, pertence António de Abreu, o descobridor das Molucas. (V. este nome).

Abreu (Aleixo de). Era filho de João Fernandes de Andrade do Arco. (V. Andrade). Diz Henriques de Noronha que “foi muito grande soldado em África e na Índia, e indo para o dito estado foi capitão duma nau que se perdeu no mar onde morreu”.

Abreu (Aleixo de). Aleixo de Abreu, ou Aleixo de Abreu de Melo, era neto do anterior e filho de António de Abreu. Dele, apenas sabemos que era doutor em medicina e que foi chamado para exercer na corte de Espanha o importante cargo de médico de Filipe III.

Abreu (António de). Foi este madeirense um dos portugueses que por terras do oriente mais se ilustraram na faina das conquistas e descobertas, tendo já antes, em Marrocos, dado assinaladas provas da sua notável coragem e valentia.

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