de Hermano. Quando estava só fortalecia-se no seu intento; mas quando chegava o noivo e ela o via tão feliz e tão regenerado por seu amor, não tinha ânimo de precipitá-lo daquele faqueiro transporte, que também a arrebatava.
Uma vez o amante exprobrou-lhe a esquivança que ela mostrava acerca desses projetos de futuro, os quais não passam muitas vezes de fantasias, mas são para os noivos como uma antecipação da felicidade conjugal.
— Quer saber a razão? disse Amália.
— Não é preciso que o diga. Se me amasse como eu a amo, achada o mesmo prazer nestas futilidades.
A moça respondeu-lhe com uma expressão grave e um olhar repassado de tristeza:
— Se não o amasse, como o amo, achada decerto prazer em falar nessas esperanças e promessas de uma ventura que é o meu sonho. Mas ao contrário elas me entristecem.
— Por quê, Amália? perguntou ele surpreso e inquieto.
—Tenho um pressentimento.
— Não diga isto!
— Não serei sua mulher, Hermano.