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em face dele a mulher que pouco antes admirava, a esposa a quem se ligara havia poucas horas.

Ergueu-se pálido, desmudado, espavorido, e afastou-se.

No dia seguinte, eram dez horas da manhã quando um raio de sol brilhante e alegre entrou pelo aposento de Amália como para festejá-la. Durante a noite, a moça acordara, e tonta do sono, buscara no próximo aposento o leito, onde refugiou-se.

Pela manhã a mucama abriu a janela do toucador; e uma réstia de sol batendo no espelho refrangera acariciando o rosto mimoso da moça pousado em um ninho de rendas.

Ela abriu os olhos e saltou da cama, alegre como um passarinho.

— Sinhá quer tomar alguma coisa? perguntou-lhe a mucama.

— Eu quero almoçar, que estou com muita fome.

— Mando pôr na mesa?.

— Não; aqui mesmo, no toucador.

Amália teve então uma idéia que lhe sorriu Sentou-se à sua secretária, um mimo de marcenaria, e escreveu a seguinte canta em papel que ali achou, com o seu monograma: