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"D. Amália Veiga de Aguiar tem a honra de convidar seu marido Carlos Hermano de Aguiar para almoçar em sua companhia, hoje, às onze horas, no seu toucador. O ménu fica por conta do convidado.".

A moça fechou o seu convite e mandou-o entregar a Hermano de quem senta a falta perto de si. Ela não o censurava pela ausência; mas parecia-lhe que ele devia ter-se apressado em saudá-la logo pela manhã, e sobretudo nesse primeiro dia em que dormira na sua casa.

Hermano acudiu pressuroso ao convite; e os dois noivos almoçaram jovialmente perto de uma janela, que dava para o jardim, ouvindo cantar os passarinhos e aspirando a fragrância das flores que o vento, soprando nas roseiras esparzia sobre a mesa.

O resto do dia passaram nesse mesmo devaneio amoroso lendo recitando versos, recordando a breve história de sua afeição, e estremecendo ainda dos incidentes que os ameaçavam tantas vezes de uma separação eterna.

No meio destes lirismos, Amália escreveu à mãe uma carta cheia de ternuras; e D. Felícia veio fazer à filha uma rápida visita que a encheu de júbilo por ver seu contentamento.

O jantar foi a reprodução do almoço. Comeram ali