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Página:Eneida Brazileira.djvu/254

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Acaso o arcade rei, n’um luco em face,
O Amphitryonio festejava e os divos.
Solemne, o seu Pallante, a flor dos jovens,
Pobre senado, o incenso ministravam,
105Em cruor tepido a fumar as aras.
Surdir vendo os baixéis pela espessura,
E o nauta aos mudos remos debruçar-se,
Das mesas todos erguem-se assustados.
Veda romper-se o rito o audaz Pallante;
110Saca uma lança e voa, e de afastado
Outeiro: «O que tentar vos fórça, ó moços,
Ignotas vias? de que partes vindes?
Quem sois? onde ides? paz quereis ou guerra?»
Maneando Enéas da alterosa pôpa
115Fausta oliva, responde: «Phrygios dardos
Te apresento e inimigos dos Latinos,
Que em barbara aggressão nos repulsaram.
Saiba teu rei que os principaes Troianos
Lhe vem pedir junção e apoio de armas.»
120Logo a tal nome attonito Pallante:
«Salta, e a meu pae dirige-te em pessoa;
Quem sejas, te agasalha em nossos lares.»
E a mão lhe aperta, cordial o abraça.
Trasposto o rio, ao bosque se encaminham;
125E amigavel o padre: «Optimo Evandro,
Timbre dos Graios, a fortuna enseja
Que, ennastrado este ramo, eu te supplique;
Certo não te hei receio por Arcadio,
Chefe acheu, dos Atrídas consanguíneo:
130Meu gôsto e leal peito, oragos santos,
Parentesco de avós, tua alta fama,
Por fatídico impulso, a ti me enlaçam.
Dardano, de Ilio autor, de Electra nado,
Para os Troas passou-se, a Grecia o affirma;
135Do estellífero Atlante Electra he prole: