Mugir clangor tyrrheno. A vista elevam:
[1]Trovão brama e rebrama; em nuvem clara,
Serena a região, pulsadas armas
Vêm rutilar toando. Os mais se espantam;
525Mas o heroe, conhecendo o som divino:
«Hóspede, brada, o annúncio do portento
Não me inquiras: o Olympo me reclama.
Prometteu minha mãe, se a guerra instasse,
Transmittir-me o sinal e pelas auras
530Armadura vulcania. Ah! que de estragos
Ameaça os Laurentinos! Caro, ó Turno,
M’o pagarás! Que escudos, corpos e elmos,
Pae Tiberino, involverás nas ondas!
Que ora peçam batalha e o pacto quebrem.»
535Do solio aqui se ergueu; sopítas aras
Com teda herculea esperta; e alegre o de hontem
Lar busca e humildes hospedeiros divos;
Rezes do estilo bianejas mata:
O mesmo faz Evandro e os jovens teucros.
540Ás naus depois caminha; e d’entre os socios
Elege os mais guerreiros e prestantes;
Outros vam rio abaixo, ao tom das aguas,
O que obteve seu pae contar a Ascanio.
Corséis arreiam para o campo etrusco;
545A Enéas um loução: leonino o amanta
Fulvo teliz de auriluzentes unhas.
Veloz no exíguo burgo a nova grassa
De ir a cavallaria ás tuscas tendas.
As mães duplicam votos, medra o susto,
550Mór o perigo e a lide se afigura.
Na despedida Evandro ao filho a dextra,
Lagrimando insaciado, aperta e falla:
«Oxalá que eu tornasse ao vigor d’antes!
Quando, a vanguarda ufano destruindo,
555Em Preneste incendiei montões de escudos;
- ↑ No original, há aspas injustificadas nesse lugar.