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Página:Eneida Brazileira.djvu/287

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(Sentiu nimia a do ferro crua sêde):
«Basta, lhe diz; radeia o infenso dia.
Foi sobejo o castigo; a estrada he feita.»
Armas de argenteo engaste e argenteas copas
350E tapetes lindissimos perpassam.
Euryalo o jaez toma a Ramnetes
E o cinto auri-tauxiado; que opulento,
Por contrahir n’ausencia o jus de hospicio,
Mandou Cédico a Rémulo Tiburcio;
355Este ao neto os legando, e o neto em guerra
Morto, o Rutulo os houve. Em balde o joven
Ao forte hombro os ageita, e de Messapo
O casco enlaça de gentil cimeira.
Ao irem do arraial se pondo em salvo,
360Trezentos cavalleiros adargados
Sob Volscente, no campo atrás deixando
Um corpo instructo, com respostas vinham
De Laurento ao rei Turno. E já propinquos
Ao muro, aos dous lubrigam pelo atalho
365Dobrando á esquerda; sob a noite escassa,
O dilúculo no elmo reflectindo
Trahe o impróvido Euryalo. Volscente:
«Alto! varões, clamou; bem vemos, alto!
Donde, aonde, a que fim marchais em armas?»
370Sem boquejar, nas trevas mal fiados,
Para a espessura fogem; mas, cercando-os
Aqui e alli por cognitas veredas,
Trancam-lhes todo o passo os cavalleiros.
Basto escuro azinhal houve enredado
375Com silveiras e espinhos; lá guiavam
Trilhos occultos e azinhaga estreita:
Empece a Euryalo intrincada a sombra,
Grave a prêsa, e o temor de extraviar-se.
Niso escapole, e vai sem tento ao sítio
380Que ao depois, de Alba, foi chamado Albano;