Página:Eneida Brazileira.djvu/313

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E extrahe a choupa aos ossos adherente.
Cuida Hisbon sorprendel-o; e quando, cego
Do cruel fim do amigo, em furia salta,
No inchado bofe o heroe some-lhe o estoque.
385Vai-se depois a Sténelo, e á de Rheto
Vetusta raça, Anchêmolo, que o tóro
Da madrasta incestou desaforado.
Tymbro e Laryda, o pó mordestes gemeos,
Daucia prole simíllima e indistincta,
390Aos paes êrro suave: o gume arcadio
Vos poz duro descrime; a ti cercêa,
Tymbro, a cabeça; e a dextra mutilada,
Larida, a procurar-te, o ferro aperta
Nos semiâmines dedos palpitantes.
395A voz do chefe, o exemplo, dôr, vergonha
Os Arcades inflamma, que arremettem.
Mata o moço a Rheteu, que em biga, ó nobres
Irmãos Tyres e Teuthras, vos fugia:
A Ilo, a quem salva o espaço, longe atira
400Válida hasta, que em meio a Rheteu colhe;
Do carro ao chão resvala, e semivivo
Calca e percute a rutula campanha.
No estio, ao sôpro de anhelantes ventos,
Quando em selva o pastor semêa incendios,
405No âmago lavram e horridos propagam
Em largo plaino exercitos vulcanios;
Elle altivo contempla ovantes chammas:
Os teus para ajudar-te assim, Pallante,
Unem-se em feixe. O ardido Haleso contra
410Rue, na armadura involto: immola a Pheres,
Demodoco e Ladon; seu talho a dextra
A Strymonio decepa, que ao pescoço
Leva-lhe a adaga; a seixo o craneo a Thoas
Racha e esmigalha o cerebro sanguento.
415Presago o pae de Haleso o teve em brenhas: