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Página:Eneida Brazileira.djvu/327

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Contra o parado heroe tirando sempre,
Trota em gyro tres vezes; tres no bronze
Roda comsigo o Teucro a basta selva.
De extrahir tanta farpa emfim se enoja,
875E da tardança e desigual peleja;
Meditabundo rompe, a lança expede
Ás fontes cavas do bellaz ginete:
O quadrupede em gemeas, o ar a couces
Depois zimbra, sacode e implica o dono,
880E cahe de bruços lhe opprimindo a espadoa.
Lacio e troico alarido os céos estruge.
Voa sôbre elle o heroe, despindo o gladio:
«Que he do feroz Mezencio? onde os seus brios?»
O Etrusco os olhos alça, haurindo as auras,
885E, recolhendo o alento: «Ameaças morte?
Porque me insultas, figadal contrario?
Vim perecer, não péccas em matar-me,
Nem meu Lauso ajustou que me poupasses.
Vencido, se jus tenho, eu só te rógo
890Ao corpo alguma terra: a circumdar-me
Freme o rancor dos meus; tu me defendas,
N’um sepulcro me encerres com meu filho.»
Sciente, elle o pescoço[1] ao gume inclina,
A alma derrama e em sangue inunda as armas




  1. pescoso no texto original; erro tipográfico.