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Página:Eneida Brazileira.djvu/369

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Cavalga lesto, qual desnuda a espada.
Messapo, que annular deseja as pazes,
Ao Tusco Auletes em reaes insignias
Remette o bruto: a recuar de espanto,
280Atrás o triste rei de encontro ás aras,
Cahe de hombros e cabeça. Eis que Messapo
Do alto corsel malfere ao supplicante
Com trabal chuça, e férvido vozêa:
«Morre, esta he melhor víctima aos supremos.»
285Acode a chusma, e os quentes membros despe.
Chorineu, de um tição do altar pegando,
A Ebuso, que despede e um golpe acena,
Chammêa o rosto: luz comprida a barba,
O chamusco a cheirar. De chofre ás grenhas
290Deita-lhe a esquerda, mette-lhe o joelho,
Prosta-o sem tino, corre-lhe a estocada.
A Also pastor, que em frente arrosta e campa,
De alfange nu seguindo Poladírio,
O assuberba; Also, erguendo a machadinha,
295Lhe escacha a testa e o queixo, as armas rega
Dos esparsos miollos: ferreo somno
O urge, e os lumes em noite fecha eterna.
Mas, patente a cabeça, a dextra inerme
Leva, e aos seus brada Enéas: «Suspendei-vos:
300Que furor, que discordia vos despenha?
Ferido o ajuste, as condições compostas,
Devo eu só pelejar, deixai-me; os pactos,
Não receeis, confirmará meu braço:
Já destinam-me Turno os sacrificios.»
305Nisto, setta a zunir no heroe se encrava:
Que mão, que impulso a desparou, se ignora;
Se aos Rutulos um deus, se o mero acaso
Tal glória permittiu: suppressa a fama,
Do golpe e arrôjo tal ninguem jactou-se.
310Turno, ao partir Enéas, vendo os chefes