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Página:Eneida Brazileira.djvu/375

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Povos que tem de unir-se em laço eterno?
Ao Rutulo Sacron não tardo o Anchíseo
(Pugna que em seu furor deteve os Teucros)
De lado, onde he mais prompta a morte, o ferro
490Mette, e a caixa do peito e as costas vara.
A Diores e Amyco irmãos desmonta
A pé Turno, um de espada aguda vindo,
Um de hasta longa; e de ambos as cabeças
Talha, e sangue estillando ao coche as prende.
495O Dardanio a Talon, Cethego, Tánais,
Que investem juntos, mata, e o pobre Onythes,
Nome echionio, de Peridia nado:
Turno, uns irmãos da Lycia, a Phebo cara,
E a Menetes Arcadio, á guerra avesso;
500Moço em Lerna piscosa afeito ás redes,
Sem dos grandes saber do pae na choça,
Que de renda um campinho semeava.
Como dá sôlto o incendio em sêcca mata
E crepitantes louros; como espumeos
505Estrepitosos rios despenhados
Com vastadora quéda ao mar caminham:
Taes os dous campeões rutulo e teucro
Se precipitam; já fluctua interna
Raiva; já corações que o não cuidavam
510Rasgam-se; os golpes desmedidos fervem.
Enéas a Murrano, que arrotava
Lacios avoengos de real prosapia,
Com seixo enorme em turbilhão derriba:
As rodas volvem-no entre o jugo e os loros,
515E ingratos brutos com patada crebra
Conculcam seu senhor. De Hyllo, que immano
Fremente ameaça, ás temporas douradas
Contorce Turno um dardo, que pelo elmo
No cerebro se encaixa. Não o evitas,
520Creteu, valente Graio. Nem de Enéas