Por cega noite prelios mil travamos;
Remettemos ao Orco infindos Gregos.
Uns ás praias fiéis e ás naus se acolhem;
Parte com torpe medo o bruto escalam,
420E entram de novo o conhecido bôjo.
Ah! sem querer divino o que he seguro?
Do adyto de Minerva eis desgrenhada
Cassandra arrastam priameia virgem,
De balde ao céo levando ardentes olhos;
425Olhos, que as tenras mãos lhe atavam cordas.
Não o soffreu Corebo, e em fogo e sanha
Perecedouro aos esquadrões se atira;
E após vamos forçando um bosque de armas.
Do summo templo os nossos, enganados
430Pela armadura e argolicos pennachos,
Nos despedem chuveiros de arremessos,
E miserrima clade se origina.
N’um corpo os Danaos, retomada a virgem,
De ira a gemer, daqui dalli carregam;
435Acerrimo insta Ajax e os dous Atridas,
E a hoste dolopeia. Assim contendem
Sôltos n’um turbilhão Zephyro e Nôto,
E o Euro ovante nos frisões da Aurora:
Zune a selva; Nereu braveja e espuma,
440De tridente remexe o equoreo seio.
Quantos pela cidade afugentámos
Entre a nocturna treva, outravez surdem;
Por nosso estranho accento o embuste e as armas
Descobrem. Turba immensa nos esmaga:
445Primeiro, ás mãos de Peneleu, Corebo
De bruços ante a deusa armipotente
Tomba, e succumbe o espelho dos Troianos,
O unico justo, equissimo Ripheu:
Divino alto juizo! O mortal trago
450Bebe a golpes dos seus Dymas e Hypanis:
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Aspeto