Segui vagarosamente em direção à avenida. As palmeiras farfalhavam sem descontinuar. Bonds desfilavam cheios numa pressa de comboios. No limiar de uma porta, que abria sobre um tenebroso corredor, dois homens, em mangas de camisa, cantarolavam, sentados, as pernas estendidas.
A avenida larga, quase deserta, com as grandes pérolas das lâmpadas espalhando um clarão pálido, estava silenciosa, como adormecida.
De instante a instante um automóvel surgia aos ronquidos flamejando, ou era um carro moroso que rodava com o cocheiro hirto, os passageiros recaídos, calados, desalentados como se voltassem de um funeral.
Encostei-me à muralha debruçando-me sobre o mar picado de luzes.
A onda mole e lânguida chofrava aos jorros como no despejar espaçado de uma baldeação. Mas o céu, por traz dos montes, foi, aos poucos, clareando a um albor sereno como um prenúncio de aurora e um fio curvo luziu, os redentes da serra cairelaram-se de