Página:Esphinge.djvu/167

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amuando, o carão todo em gelhas, amargurou: Agora é esperar as consequências. Temo-la conosco, a tal Saúde Pública. Não tarda ai com os seus ácidos e os seus fogareiros infernais. Vai ser uma calamidade! No tempo da bubônica, a tal bubônica dos ratos — e esfregou os dedos; numa significação de roubalheira — eu morava na rua de S. José. Morreu lá um sujeito, deram-no por empestado... Pois, meu caro, os tais da Saúde varejaram a casa e, não lhe conto nada! Fiquei sem um par de ceroulas para mudar. Agora, imagine...! Tenho uma sobrecasaca nova, que ainda não vesti. Você então... Não é por falta de caridade, mas essas coisas, em uma casa como esta, cheia de gente... Os hospitais não foram feitos para os cães. Eu te digo: em adoecendo, mandem-me para a minha Ordem, Tenho lá tudo a tempo e a horas, estou à vontade e não fico a dever favores. E logo o que... tísica! Isso onde entra fica, é como o percevejo. Eu é porque não tenho tempo, senão mudava-me. Você vai ao enterro?