Página:Esphinge.djvu/200

Wikisource, a biblioteca livre

para as costas os cabelos gotejantes, mostra-se-lhe toda nua, invida-o com voz lânguida, sédulo com lascivo gesto e, se o colhe às mãos, abraça-se com desespero nele, cinge-o voluptuosamente à sua carne e, colando-lhe à boca os lábios frios, suga-lhe a vida em beijos.

É porque lhe faltam amantes no límpido retiro que sabe a busca-los na terra? Que respondam as moças aldeãs que não se arriscam, depois do toque de acolher, a abeirar-se do rio para que as não traia o ondino que se agacha nas ervas das margens úmidas.

As fadas, a cujo prestigio toda a natureza obedece, refogem, com aborrecimento, ao amor dos gênios. É vê-las ao luar friíssimo, errando voláteis na bruma, bailando em ronda à volta dos lagos, cantando e tangendo instrumentos sútis.

Desejam os amores ardentes da terra e atraem, com sortilégios, os seres mortais, buscando neles o que não encontram nos silfos e nos elfos, a volúpia que enerva, a volúpia irmã da Morte,