me. Só de ouvi-lo fico com os nervos arrepiados. Não fala — range, rasca. Não é raiva que sinto, é frenesi. Tenho medo de mim...
— Queres o meu conselho? Parte-lhe a cara. Brandt repoltreou-se no divã, estrincou os dedos e, encarando-me risonho, perguntou:
— É então verdade que estás senhor do segredo da vida de James?
— Sim, é verdade.
— Maravilhas, hein? Um poema para ser musicado por Debussy?
— Talvez. Indolentemente estendeu o braço, tomou o cachimbo na prateleira, encheu-o de fumo e disse com lástima:
— A mim confesso que deixa saudades o tal homem. E foi-se sem uma palavra, como uma sombra muda. Só agora miss Barkley soube da sua partida.
— Partida?
— Sim, no Avon, anteontem. Num arrancado ímpeto pus-me de pé hirto, eletrizado, sentindo um como repuxamento em