todos os nervos. A voz saiu-me silvante, áspera, articulando a custo as palavras:
— Partiu! Como? Não é possível.
— Foi, pelo menos, o que ouvi ao Smith, que lá está com miss Barkley saldando as contas de James. Décio pôs-se a assobiar baixinho relanceando o olhar à sala e, sentindo a minha perturbação, naturalmente para não vexar-me, caminhou direito à janela e lá se deixou ficar brincando com o ramo do jasmineiro.
— Não! Não é possível! Insisti. É troça.
— Troça?! Repito o que ouvi, redarguiu Brandt imperturbável.
— Digo-te, afirmo-te que não é possível. James esteve comigo há coisa de um quarto de hora, lá em cima. Veio buscar o volume que me emprestou e os originais que traduzi. Falei-lhe, acompanhei-o à escada...
— Tu...?
— Sim, eu. Encaramo-nos em silêncio. Brandt, com o seu vivo olhar, penetrante e claro, fitava o meu rosto e eu, envergonhado do estudante, que se conservava discretamente à janela, sentia-me