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de flexas indígenas, e zarabatanas e tacapes e borés à volta de um vistoso cocar de plumas flanqueado por um cinto de tucum franjado de campanulas de coco e uma luzida cabeleira negra, longa, a escorrer como a cauda farta de um potro selvagem.

As estantes de música regorgitavam de alguns. Um reposteiro verde encobria a porta do quarto.

Brandt abriu uma das persianas e logo um ramo de jasmineiro, estrelado de flores, inclinou-se com intimidade invadindo o aposento.

Um luar triste nevava.

Fora, à margem, as árvores faziam um sussurro de sedas amarrotadas e, a espaços, um grito agudo, lancinante, magoava o silêncio. Era na vizinhança, uma senhora a rolar gorgeios em falsete histérico.

Brandt sorriu e, tomando um álbum na estante, abriu-o ao piano e sentou-se, dizendo-me serenamente:

— Vou atraí-lo. Correu o teclado, esteve