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Por sóes queimado
De peste insana,
Accode e vôa, melhorando os fados
Da rica terra d’Africa a seu mando!

Com gesto brando, e com olhar bem fito
Aos int’resses da pátria, — qu’em seu peito,
Com voz d’alma lhe bradam, attento presta
Melhoramentos na Provincia morta,
Pelo mundo olvidada, e só, e triste,
Qu’inda mais fôra, se do avaro
A mente ardida, e as mãos sempre pejadas
Do oiro qu’em seu seio arranca astuto,
Não contivera em bando os que hão brotado!

Mas fadou-nos o Céo tão meiga Estrella,
Em nós já fulgurando, — e tão serena,
Que Fados só de amor, e de venturas
Se nos antolham ricos — e prismados!
Saúdemos — Deos — o Regedor do Mundo!
Saúdemos na Monarcha — a mui cabida, —
A meritoria Escolha! — Saúdemos!

E um hymno de glôria dos Céos emmanado,
Nascido do peito, sentido em noss’alma,
Do côro dos Anjos — por elle inspirado
Cantemos a Accacio — e teçamos a palma