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Quando choras
E descóras,
Envolta em ceruleo manto.

Cresce, cresce, flôr mimosa,
Nesse teu desabrochar;
Nunca a vida desditosa
Em ti possa penetrar,
Nunca os rigores da sorte
Desesp’rada,
Malfadada
Possa bárbara mirrar
Essa flôr
De primôr
Qu’expontanea se pousou
Na minha lyra d'amôr,
Qu’este canto m’inspirou!


Rio de Janeiro, 29 d’Abril de 1849.





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