— 88 —
«Quanta vez d’alma suspiro
«No inverno p’la primavera,
«Que tanta vida me dá —
«Nesse tempo em qu’ella impera?
«Infeliz não és tu só
«Neste mundo d’illusão: —
«Eu tambem soffro — e não tenho,
«Como tu — um coração.
«Calla pois os teus tormentos
«Em teu peito amargurado —
«Neste teu cruel penar —
«Sê crente e resignado!»
E assim a florinha
Tão meiga fallou —
Su’alma tão minha
Na minha roçou,
Que os prantos da terra
No peito callando —
Com ella scismando,
Meu pranto findou!
Esta página contém uma imagem. É necessário extraí-la e inserir o novo arquivo no lugar deste aviso.