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ESPUMAS FLUCTUANTES
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Que vae morrer gemente sobre as praias;
í);i despedida {)ranto derradeiro,
Mais aéreo que as vozes da sereia,
Alta noite sentada sobre a areia.

Meu segredo? E o soluço d′alma triste
Que conta sua dor á brisa errante;
E o pulsar tresloucado de meu peito
A repetir um nome delirante;
Indeciso onhelar de edeneo goso,
Castello que eu creei vertiginoso.

Creei-o numa noite não dormida,
Após vèl-a, entre todas, a rainha;
Creei-o nessas horas de delirio,
Em que sentira em fogo a fronte minha;
E o sangue galopava-me nas veias
E o cérebro doia-me de idéas...

E quem na vida não amara um dia
E nunca despertara ao som de um beijo?
Quem nunca na vigília empallecera,
Ao seguir com o pensar louco desejo?
Quem não sonhara ao collo voluptuoso
Da sultana louçã morrer de goso?

Uma noite tentei fechar as pálpebras,
Debalde revolvi-me cjbre o leito...