A alma adejava em phantasias de ouro,
Arfava ardente o corarão no peito.
A imagem que eu seguia? E um segredo!
Seu nome? Não o digo... tenho medo.
Ai? dóe muito calar dentro em noss′alma
Este anhelar fremente de desejos!
Ai! dóe muito calar o róseo sonho
Que sonhamos: — dormir entre mil beijos
Num seio que de amor todo estremece,
Quando o olhar de volúpias esmorece...
Dóe muito... mais dóe mais uma ironia,
Quando adeja o pensar no firmamento.
Dóe muito... mas dóe mais um desengano,
Quando se vive só de um sentimento,
Quando o peito cifrou sua esperança
Em beijar da mulher a negra trança.
Que loucura! Aos teus languidos olhares,
Dcbcr, louco de amor, seiva de vida...
Sorver perfume em teus cabellos negros.
Sentir a alma de si mesma esquecida...
E de goso de amar, louco, sedento.
Viver a eternidade num momento!
Que ventura! Sorver com os lábios trémulos
Em teus lábios. - de amor o nome santo...