ESPUMAS FLUCTUANTES
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A CRUZ DA ESTRADA
Tu que passai, ilcscobre-tc. Alli dorme
O furte que morreu.
A. Herculano.
Invides quia quie.
LUTHERO.
Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz a dormir na solidão.
Que vale o ramo do alecrim cheiroso
Que lhe atiras nos braços ao passar?
Vaes espantar o bando buliçoso
Das borboletas, que lá vão pousar.
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insomnia atroz;
Deixa-o dormir no leito de verdura
Que o Senhor, entre as relvas, lhe compoz.